A Vida é Sonho (1635) é uma das poucas obras que podem
se consideradas como a mais representativa de seu
autor e, ao mesmo tempo, um verdadeiro símbolo
da visão de mundo de sua época. Por meio da ação
que nela se desenrola, e de alguns dos mais belos
versos da literatura espanhola, Calderón de La Barca (1600/1681)
reflete poeticamente sobre os grandes problemas da condição humana: a fugacidade e inconsistência da vida, a certeza da morte, o desengano, a liberdade e o destino. O conflito, essencialmente humano, faz de A Vida é Sonho uma obra de transcendência universal.